Tag - museu casa de cora coralina

1
um pouco sobre a vida e a casa da poetisa cora coralina

um pouco sobre a vida e a casa da poetisa cora coralina

assunto do dia

 

Nessa data nasceu a poetisa e contista brasileira CORA CORALINA (1889 / 1985).

Nascida na Cidade de Goiás, a 140 km de Goiânia, sua casa se tornou o Museu Casa de Cora Coralina, um espaço de 3 mil m², incluindo o quintal dos fundos onde Cora plantava as frutas usadas em seus famosos doces cristalizados.

Então, em sua homenagem, eu compartilho aqui um post  para conhecermos

 

UM POUCO SOBRE A VIDA E A CASA DA POETISA CORA CORALINA

 

leia a matéria completa no site viagemempauta

 

A qualquer momento, parece que aquela mulher de estatura frágil e palavras marcantes vai irromper por uma das portas daquele casarão, às margens do rio Vermelho.

Os imensos tachos de cobre repousam como se a última leva de doces acabassem de ser cortados; a velha poltrona de couro marrom continua encostada na parede; os vestidos floridos seguem pendurados no quarto; e seus poemas se exibem nas paredes.

Na área construída de 300 metros, onde a poetisa tardia nasceu e morreu, um acervo com dez mil documentos arquivados, entre cartas e originais de fotos dividem espaço com móveis originais da época que podem ser vistos em 12 ambientes da casa.

 

museu casa de cora coralina 01

 

Uma das peças mais emocionantes em exposição é a carta original que o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade enviou a Cora, em 1979, cujos óculos pretos arredondados repousam sobre o papel branco em que o cronista de Itabira escrevera “Ah, você me dá saudades de Minas, tão irmã de Goiás. Dá alegria na gente saber que existe bem no coração do Brasil um ser chamado Cora Coralina”.

 

museu casa de cora coralina 02

 

Assim como sua ilustre moradora, a Casa Velha da Ponte, onde funciona o atual museu, é como uma protagonista (da cidade e da vida da própria poetisa). “…barco centenário encalhado no Rio Vermelho, contemporânea do Brasil Colônia”, como descreve Cora no livro “Estórias da Casa Velha da Ponte”.

 

museu casa de cora coralina 03

 

O casarão branco de janelas retangulares, bordeados por madeira, resiste no tempo como a poesia de palavras incentivadoras de Cora. Mesmo após a enchente que afetou essa e outras construções da Cidade de Goiás, em 2001, a casa seguiu de pé, ainda que arquivo e estruturas tiveram que passar por restauros.

 

museu casa de cora coralina 04

 

museu casa de cora coralina 05

fotos Eduardo Vessoni

 

Cora Coralina aprendeu datilografia aos 70 anos; publicou seu primeiro livro, em 1965, quando já tinha 76 anos; criou o ‘Dia do Vizinho’ (20 de agosto); e até problemas de saúde eram inspiração para poemas, como a ‘Ode às Muletas’ que escreveu, em 1973, após cair da escada e fraturar o fêmur.

 

“Apoio singelo e poderoso / de quem perdeu a integridade / de uma ossatura intacta, invicta em anos de andanças domésticas”.

E a gente sai daquela casa com a sensação de que ainda faltou história para ouvir, assim como quem vira a última página de um livro de Cora e fica com vontade de ler tudo outra vez.

 

foto divulgação

Copyright © 2014. Designed by Agência EOS